A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) utiliza drones como uma ferramenta crucial para o combate ao desmatamento ilegal em Mato Grosso. Os dispositivos sobrevoam grandes áreas e auxiliam os agentes de fiscalização a identificar indícios e flagrantes do crime ambiental de forma econômica e segura.
Antes dos agentes entrarem em campo, um sobrevoo inicial é importante para fazer o reconhecimento do perímetro e evitar que seja necessário percorrer quilômetros por via terrestre. Em muitos casos, a fiscalização consegue filmar máquinas sendo empregadas em crimes ambientais e infratores tentando ocultar suas ferramentas.
“Nesse primeiro voo, o intuito é identificar pessoas e máquinas, além de fornecer informações para a equipe de segurança, que é responsável por traçar uma metodologia para a abordagem presencial”, disse Cezar Caminski Pereira, analista de meio ambiente da secretaria.
Por captar imagens de alta resolução, os drones também viabilizam a obtenção de provas substanciais para a aplicação de multas, embargos, e responsabilizar o infrator nos processos administrativos abertos pelo órgão ambiental. Caminski ressaltou que a ferramenta tornou-se item indispensável nas operações desde 2019.
A tecnologia é utilizada tanto nas operações coordenadas pela Gerência de Planejamento de Fiscalização e Combate ao Desmatamento (GPFCD), quanto pelas nove regionais distribuídas pelo interior do Estado. Os drones também são utilizados na fiscalização da pesca predatória nos rios de Mato Grosso e de empreendimentos. O drone é um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), controlado remotamente pelo piloto.
Operação Amazônia
A Sema-MT e o 5º Comando Regional da Polícia Militar apreenderam quatro tratores de pneu, dois tratores esteira e três correntões utilizados para desmatamento ilegal no bioma Cerrado. A fiscalização ambiental aconteceu entre os dias 21 e 25 de agosto, nos municípios de Araguaiana e Cocalinho.
A ação faz parte da Operação Amazônia e foi coordenada pela Diretoria de Unidade Desconcentrada (DUD) Barra do Garças. Foram fiscalizados 13 alertas de desmatamento ilegal por imagens de satélite de alta resolução, que apontam o local exato onde há mudança de vegetação em todo o Estado.
Fiscais identificaram o uso de link para desmatamento rápido, que é uma versão do correntão, que faz a limpeza rápida da área com o arraste por tratores. O link é feito com o aproveitamento de uma corrente descartada de tratores, mais pesada e resistente que o correntão tradicional.
Foram apreendidos um correntão de 80 metros, dois correntões feitos com link, um de 65 metros e um de 10 metros. Também foram apreendidas duas grades/arados e três motosserras. A apreensão dos equipamentos e máquinas serve para impedir a continuidade do dano ambiental nas áreas protegidas.
Fonte: Sema-MT