Por André Garcia
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) assinou, na última semana, contrato de R$ 61 milhões para estruturar escritórios que vão monitorar o desmatamento em 70 municípios da Amazônia Legal. A medida pode beneficiar até 30 municípios de Mato Grosso que integram o Programa União com Municípios.
Os recursos anunciados garantirão a aquisição de veículos, embarcações, computadores e drones, além de capacitação e assessoria técnica para os profissionais que atuam no controle ambiental. O objetivo do Governo Federal é oferecer respostas mais rápidas e eficazes no enfrentamento dos crimes ambientais.
De acordo com o MMA, o trabalho também busca reforçar a trajetória de queda do desmatamento na Amazônia, acentuada a partir de 2023. Segundo dados do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmate caiu 30,63% entre 2024 e o ano anterior.
“Os municípios amazônicos são peças-chave para os esforços contra o desmatamento e queimadas. Com esse suporte, terão condições reais de atuar na proteção de seus territórios e na implementação de políticas ambientais eficazes”, afirmou o secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do MMA, André Lima.
Em Mato Grosso, devem ser beneficiados os seguinte municípios: Apiacás, Aripuanã, Bom Jesus do Araguaia, Cláudia, Colniza, Comodoro, Confresa, Conquista Do’Oeste, Cotriguaçu, Feliz Natal, Gaúcha do Norte, Guarantã do Norte, Juara, Juína, Marcelândia, Nova Bandeirantes, Nova Maringá, Nova Ubiratã, Paranaíta, Paranatinga, Peixoto de Azevedo, Porto dos Gaúchos, Querência, Ribeirão Cascalheira, Rondolândia, Santa Terezinha, São Félix do Araguaia, São José do Xingu, União do Sul e Vila Bela da Santíssima Trindade.
Programa União com Municípios
Além de fortalecer a governança ambiental nas prefeituras, o Programa União com Municípios contempla ações de regularização ambiental, regularização fundiária e assistência técnica. A medida integra o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm) e conta com o apoio do Projeto Floresta+ Amazônia, do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
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