Nesta segunda-feira, 18/11, o País lançou G20 a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, principal iniciativa do governo Lula na cúpula das nações mais ricas do mundo. Com apoio tardio da Argentina, 82 governos aderiram à iniciativa, representando um de cada quatro países do mundo. Mais países podem confirmar sua adesão e a expectativa do Brasil é que o número final se aproxime dos 100. As informações são do UOL.
Em seu discurso do lançamento da aliança no G20, Lula afirmou que este será o maior legado. 7
“Compete aos que estão aqui em volta desta mesa a inadiável tarefa de acabar com essa chaga que envergonha a humanidade. Por isso, colocamos como objetivo central da presidência brasileira no G-20 o lançamento de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.”
A ideia é mobilizar recursos e coordenar ações entre países, instituições e organizações para alcançar objetivos ambiciosos de redução da fome e da pobreza, trabalhando para encontrar soluções relacionadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas 1 (erradicação da pobreza) e 2 (fome zero).
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou um ambicioso plano de investimento para a América Latina e o Caribe: um aporte de US$ 25 bilhões (equivalente a R$ 146 bilhões). Essa quantia, ainda sujeita à aprovação da diretoria do BID, será destinada a financiar projetos em diversos setores da região. A instituição é uma das nove financeiras a aderir à aliança.
Alguns países, como a Noruega, foram além e se comprometeram a fornecer recursos financeiros para auxiliar na implementação de políticas públicas em regiões em desenvolvimento. Já o governo de Javier Milei, na Argentina, não apoiou a inciativa e, até o domingo, 17/11, apresentou obstáculos nas negociações da declaração final de líderes.
O governo brasileiro informou que os compromissos visam ampliar o acesso a serviços essenciais para a população. Espera-se alcançar 500 milhões de pessoas com programas de transferência de renda, 150 milhões de crianças com merenda escolar e 200 milhões de mulheres e crianças com programas de saúde.
“(A Aliança) é fundamental. O G20 junta hoje os países mais poderosos do mundo. Até agora, discutiu muito comércio. Na crise financeira de 2008, o G20 ocupou um papel central. Agora, estamos com uma crise social muito forte. Tem que juntar toda a capacidade (de ação). A FAO é uma delas”, disse Mario Lubetkin, diretor regional da FAO para América Latina e Caribe.