HomeEconomia

Aumenta movimento contra retirada de MT da Amazônia Legal

Aumenta movimento contra retirada de MT da Amazônia LegalDeputado fala do retrocesso do PL com as questões ambientais. Foto: Imazon

Justiça autoriza exploração de áreas úmidas de MT pelo agronegócio
Audiência pública debate impactos de projeto que afrouxa proteção do Pantanal
ALMT aprova projeto que proíbe hidrelétricas no Rio Cuiabá

Deputados estaduais se posicionaram contra o Projeto de Lei 337/2022, do deputado federal Juarez Costa (MDB), que prevê a retirada de Mato Grosso da Amazônia Legal. A proposta tem sob pretexto reduzir as reservas legais das propriedades agrícolas para permitir a expansão das produções.

Para os parlamentares da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, o PL è “absurdo” em muito níveis: além dos prejuízos financeiros e climáticos, representa um retrocesso à proteção da vegetação nativa e do meio ambiente e pode fazer com que o Estado perca os incentivos que impulsionam a industrialização.

Para o deputado Carlos Avallone (PSDB), essa proposta “é sem pé nem cabeça”.

“Se for aprovada, Mato Grosso vai perder recursos tributários, dentre eles, o da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Além disso, acredito que seja inconstitucional por trazer regresso nas pautas ambientais”, disse o presidente da Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Recursos Minerais, deputado à Gazeta Digital.

O vice-presidente da Comissão do Meio Ambiente, deputado Allan Kardec (PDT), lembrou os acordos firmados durante a COP26 por instituições multilaterais, países e governos regionais, como Mato Grosso, com o propósito de manter a floresta em pé.  “É um absurdo sem tamanho’, disse, ao mesmo site.

“Eu vou propor discussão sobre esse tema na AL. Além disso, eu vou convidar o deputado [Juarez] para que ele possa comparecer e defender a sua tese. Eu vou questionar o deputado o que está por trás disso”, afirmou  Wilson Santos (PSDB) ao “Gazeta Digital”.

Reservas legais não são nem nunca foram empecilho para o aumento da produtividade, como nos ensina Herman Oliveira, secretário executivo do Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad).

“Mato Grosso tem batido recordes anuais de safra e as reservas legais não têm impedido isso. Pelo contrário, as trocas entre essa cobertura vegetal e as plantações são um dos fatores que contribuem para essa produtividade. Então para quê serve o projeto?”, refletiu o secretário executivo do Formad.

O projeto está em tramitação na Câmara dos Deputados.

Fonte: Gazeta Digital

LEIA MAIS:

Retirada de Mato Grosso da Amazônia Legal recebe críticas