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China está se afastando do Brasil de Bolsonaro, afirma Economist

China está se afastando do Brasil de Bolsonaro, afirma Economist

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A revista The Economist publicou artigo recentemente em que fala sobre a relação do Brasil, sob o governo Bolsonaro, com a China. Intitulado “Despite thriving trade, China’s relationship with Brazil is weakening” (“Apesar do comércio próspero, a relação da China com o Brasil está enfraquecendo”, em tradução literal), o texto afirma que a relação entre os dois países jamais foi estreita, mas nunca foi pior como agora.  E, por isso, a China “está cada vez mais cautelosa” em investir no Brasil.

A revista lembra então das críticas da família do presidente ao país asiático, como quando, no início da pandemia,  Eduardo Bolsonaro falou do “vírus da China” e, no ano passado, o próprio presidente mencionou que a covid-19 poderia ser uma “guerra química”. Destaca também que essas provocações não passaram despercebido pelas autoridades chinesas.

“Em 2020, Li Yang, cônsul-geral da China no Rio de Janeiro, escreveu um comentário para o jornal O Globo, no qual respondeu aos comentários de Eduardo com uma ferocidade incomum. O chefe da Sinovac Biotech, empresa chinesa que fornece vacinas contra a covid ao Brasil, foi citado pela Reuters como tendo dito a diplomatas que as declarações do presidente estavam impedindo um relacionamento’fluido e positivo’ entre os dois países”, esceve.

A “The Economist” diz que  o Brasil deveria se esforçar mais para atrair investimentos dos chineses e aponta que os  “esforços tendem a ser esporádicos, impulsionados mais por políticos estaduais do que pelo governo federal”. O artigo cita  como exemplo a parceria exitosa com o governador de São Paulo, João Dória, que  montou escritório em Xangai em 2019, o que acabou sendo essencial para fechar acordo com a Sinovac para exportação de vacinas contra a covid-19.

O artigo diz que,  às vezes, a China gosta de mostrar seu poder ao Brasil . Cita o embargo chinês à carne bovina brasileira durante três meses no ano passado e o impacto que essa medida teve nas exportações brasileiras.

Por fim, a revista inglesa afirma que  “a eleição presidencial em outubro vai ajudar a determinar o futuro da relação. Lula supera Bolsonaro por ampla margem na maioria das pesquisas. Se ele se tornar presidente, há poucas dúvidas de que tentaria consertar os laços. Mas atrair investidores chineses pode ser mais difícil na segunda vez.”