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China já influencia na dinâmica do mercado do milho no Brasil

China já influencia na dinâmica do mercado do milho no BrasilBrasil pode ser o maior exportador de milho para China Foto: Wenderson Araújo/ CNA

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O momento é de planejamento para o produtor. Dois meses após autorizar as importações do nosso milho, a China comprou  mais de 1,1 milhão de toneladas do grão em 2022. A expectativa é que os embarques sejam robustos em 2023, com as vendas ao país asiático alcançando entre 3 a 5 milhões de toneladas, o que colocaria o Brasil no pódio dos principais vendedores à China. As informações são do Valor.

“O Brasil será um dos três maiores fornecedores da China já em 2023, atrás da Ucrânia e dos Estados Unidos, que continuará sendo o principal importador. Podemos ultrapassar a Ucrânia, mas depende muito do desenvolvimento da guerra com a Rússia. A Ucrânia teria milho para seguir como segundo neste ranking, mas se vai conseguir embarcar para a China é uma questão instável e sem definição”, explicou em entrevista ao Valor, André Pessôa, CEO da Agroconsult.

Pode faltar milho?

De acordo com diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho),  Glauber Silveira, o potencial das importações do gigante asiático pode desbalancear o mercado.

“Não estou dizendo que vai faltar milho, mas de uma estimativa de exportação de 40 milhões de toneladas, 30 milhões já estão negociadas. Isso quer dizer que quem deixar para comprar depois vai ter que buscar em regiões do interior, e vai acabar pagando mais caro, e com a dificuldade logística, pode ficar inviável”, afirmou ao jornal.

De acordo com a estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Brasil deve exportar 47 milhões de toneladas de milho na temporada 2022/23. São 500 mil toneladas a mais na comparação com a safra anterior.