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Clima e exportação por trás da alta do café

Clima e exportação por trás da alta do café

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O café brasileiro está mais caro. E isso se deve a uma série de fatores: problemas climáticos que reduziram a produção, aumento dos custos, alta demanda global, estoques baixos e a valorização do café no mercado internacional. Tudo isso faz com que o preço suba, tanto para o consumidor brasileiro quanto para o mundo.

O Brasil é o maior produtor de café do mundo, mas as plantações dependem muito do clima. Nos últimos anos, geadas, secas e queimadas prejudicaram as lavouras, principalmente no sul de Minas Gerais e no Paraná, que são grandes regiões produtoras.

Quando a produção diminui, a oferta de café cai, e os preços sobem.

O café é uma commodity, ou seja, é negociado em dólares no mercado internacional, assim como a soja, o milho e a carne. Quando o dólar está alto, os produtores brasileiros ganham mais ao exportar, mas isso também encarece o café no mercado interno, pois os compradores precisam pagar mais para competir com o mercado externo.

O fato de o café brasileiro ser reconhecido como um dos melhores do mundo aumenta sua demanda internacional. .Com a retomada da economia após a pandemia, a demanda por café aumentou, mas a produção não conseguiu acompanhar, o que pressionou os preços para cima.

Outro fator que contribui para o aumento são os custos para produzir café, que aumentam aumentaram bastante. Subiram os preços fertilizantes, a gasolina e da energia elétrica.

Nos últimos anos também, os estoques de café no Brasil e no mundo diminuíram. Isso aconteceu porque o consumo tem sido maior do que a produção.

Quando os estoques estão baixos, os preços tendem a subir, pois há menos café disponível no mercado.