As mudanças climáticas e sociais aumentaram a busca por contratos financeiros baseados em elementos como sol, chuva e vento. De acordo com empresa de serviços financeiros CME Group, os volumes médios de negociação de produtos listados aumentaram mais de 260% no ano passado. O número de contratos pendentes atualmente é 48% maior do que há um ano. As informações são do site Um Só Planeta.
Apontamentos da indústria apontam que esse segmento negociado publicamente poderá representar 10% de toda a atividade, e os derivados pendentes podem valer até US$ 25 bilhões, com base no valor nacional.
“A fragilidade é aumentada devido à volatilidade climática direta, questões da cadeia de abastecimento, inflação, geopolítica. Isso significa que o clima pode consumir uma parte maior dos resultados agora”, disse Marty Malinow, fundador e CEO da consultoria Parameter Climate, à Bloomberg.
Os derivados meteorológicos vem sendo utilizados especialmente para proteger as empresas de energia das flutuações na procura causadas pelas mudanças de temperatura. E esse tipo de negócio também está contribuindo para a movimentação atual, embora por novas razões.
De acordo com a reportagem, os painéis solares, os parques eólicos e a produção de energia hidrelétrica estão à mercê da luz solar, da velocidade do vento e das chuvas, respectivamente. Isso significa que à medida que os produtores mudam para fontes renováveis, enfrentam novas flutuações do lado da oferta, além das oscilações mais tradicionais no consumo.
“Existem outros setores verticais com riscos climáticos incorporados que ainda não foram resolvidos, como a construção onshore e offshore, a agricultura e os transportes. Há muitas empresas que nem sequer sabem como começar a lidar com os seus riscos, e isso contribuirá para o crescimento futuro do mercado à medida que aprendem”, enfatizou, em nota, a empresa Parameter Climate, especializada em seguros.