Os desastres naturais no Brasil provocaram prejuízos de pelo US$ 6,4 bilhões (R$ 37,3 bi), entre janeiro a setembro de 2024. Os dados são do novo relatório da Aon, multinacional britânica que trabalha com gestão de riscos e resseguros.
Os maiores impactos, segundo o estudo, foram as enchentes no estado do Rio Grande do Sul, com prejuízo de US$ 5 bilhões; a seca histórica, que gerou danos de cerca de US$ 470 milhões; e as queimadas, com perdas em torno de US$ 360 milhões.
Por mais impactante que seja, US$ 6,4 bilhões é 57% menos que o valor registrado em 2023. A seca histórica no Sul do País, no ano passado, afirma a Aon, provocou prejuizos de mais de US$ 10 bilhões.
Segundo Beatriz Protásio, CEO de resseguros da Aon no Brasil, observa-se um aumento de eventos climáticos extremos nos últimos anos no País, antes visto “como um território com baixo risco catastrófico, não muito propenso a grandes desastres naturais”.
Ela afirma que, a partir de 2019 e estendendo-se até este ano, o Brasil enfrentou secas consecutivas, que provavelmente se tornarão um dos eventos “mais significativos na América do Sul em sua história recente, tanto em termos de extensão quanto de intensidade”.
“Além dos impactos substanciais no setor agrícola, milhões de hectares na região do Pantanal foram afetados por incêndios florestais. Para completar, em maio de 2024, fortes chuvas no Rio Grande do Sul resultaram nas piores inundações em 80 anos, com rios transbordando, deslizamentos de terra generalizados e o colapso de uma barragem”, detalhou.
Em termos globais, o relatório indica que, entre janeiro e setembro, as perdas econômicas relacionadas às catástrofes naturais atingiram US$ 258 bilhões.