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Entidades do agronegócio reforçam compromisso com a democracia

Entidades do agronegócio reforçam compromisso com a democraciaCenas do terrorismo em Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Por André Garcia

Diferentes representações do agronegócio vêm criticando os atos terroristas registrados em Brasília no domingo, 8/1. O entendimento geral é que o país precisa de união e engajamento do povo, dos setores da economia e das instituições, para que seja assegurada a estabilidade e o bem comum.

As ações antidemocráticas foram alvo do repúdio de representações como a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), a União da Indústria de Cana-de-açúcar e Biocombustível (Única) e a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura.

Embora terroristas presos nesta manhã tenham apontado o suposto envolvimento do setor no financiamento de atos antidemocráticos, tanto FPA quanto Aprosoja-MT classificaram afirmações do tipo como “descabidas” e reforçaram que o agronegócio não está relacionado aos crimes.

Assim, diante dos atos de vandalismo no Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal e ao Palácio do Planalto, a FPA se posicionou em defesa do desenvolvimento da agropecuária brasileira e do país como um todo, reforçando que suas entidades representativas não compactuam ou têm participação nos atos antidemocráticos.

“O agro brasileiro, há muitos anos, é ator importante no desenvolvimento do Brasil e por levar comida de qualidade ao povo brasileiro e ao mundo, com responsabilidade ao papel que exerce. Declarações que atribuam ao setor participação nos ataques são descabidas e não retratam a real importância do agro brasileiro para o país”.

Na mesma linha, a Aprosoja-MT disse ser contra a grilagem, o desmatamento ilegal e o uso irrestrito de pesticidas em lavouras, destacando que repudia as ações antidemocráticas e que preza pelo cumprimento das leis e da Constituição, assim como pela liberdade de pensamento e de manifestações pacíficas.

“Prezamos pela democracia e somos contra quaisquer atos que gerem prejuízos ao Brasil, e nos opomos a quaisquer conclusões que não representem a verdade. Jamais poderemos concordar com invasão e depredação de qualquer propriedade, seja ela pública ou privada”, disse a instituição em nota.

A Associação, que representa os agricultores do maior Estado produtor de soja –principal produto da pauta de exportação brasileira– lembrou ainda que o agronegócio é um importante gerador de divisas ao país e é composto não só por grandes empresas, como também por pequenos produtores.

Já a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, movimento formado por mais de 300 representantes de empresas, do agronegócio, setor financeiro, sociedade civil e academia, pontuou “repudiar veementemente” o ocorrido, apontando que isto representam uma inaceitável afronta ao Estado Democrático de Direito.

Para a entidade, é vital que o planejamento e a realização dos ataques sejam investigados e que seus responsáveis e financiadores sejam identificados e punidos nos rigores da lei.

“A Coalizão Brasil espera que a defesa da democracia permaneça como um princípio básico aos Três Poderes e à nossa sociedade.”

A Única, por sua vez, chamou a atenção para o “desrespeito institucional” observado na capital federal, pontuando que nada justifica as cenas registradas ontem.

“As opiniões políticas – tão valiosas para a democracia – devem ser manifestadas pelo voto e pelos canais republicanos, jamais pela força e pela incivilidade. Foram destruídos ou danificados não apenas prédios e objetos que são patrimônio do povo brasileiro, mas foi ofendida a sua própria alma. Ninguém tem o direito de fazê-lo.”

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