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Linhas mais procuradas do Plano Safra recebem R$ 4 bi

Linhas mais procuradas do Plano Safra recebem R$ 4 biPlano Safra já aplicou mais de R$ 81 bi em financiamentos. Crédito: Agência Brasil

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O governo federal redirecionou R$ 4 bilhões do Plano Safra para atender à alta demanda de linhas de crédito, beneficiando principalmente pequenos e médios produtores. A medida alterou os limites de 11 instituições financeiras que operam recursos para grandes produtores, direcionando os valores para o Banco do Brasil, Sicredi e BNDES.

As próprias instituições financeiras indicaram os valores a serem remanejados, evitando penalidades por não utilizarem os recursos dentro do prazo estabelecido (desde julho de 2024).

A decisão da Fazenda atende ao pedido dos Ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, que buscavam fortalecer as linhas de crédito mais procuradas na reta final da temporada. Segundo o governo, a realocação não gera custos adicionais ao Tesouro Nacional.

As instituições que tiveram seus limites reduzidos foram: Badesul, Banco DLL, Banco do Brasil, Basa, BRB, BRDE, Banco CHN Industrial, Credisis, Cresol e Desenbahia.

Agricultura familiar recebe reforço

O Banco do Brasil também foi contemplado com R$ 2,4 bilhões em novas liberações para o Pronaf. Os recursos serão usados no custeio e investimento de faixas 1 e 2, com juros entre 3% e 6% ao ano, conforme a linha.

O Banrisul obteve R$ 100 milhões para o custeio do Pronaf, enquanto a Credicoamo realocou R$ 650 mil para financiar tratores e colheitadeiras com juros de 5% ao ano. Houve, ainda, cortes em 11 agentes da agricultura familiar.

Ao todo, os cortes nessas instituições somaram R$ 2,4 bilhões. A realocação dos valores rendeu R$ 2,53 bilhões em reforços para linhas com maior execução no setor.

Execução da safra segue forte

Desde julho de 2024, o Plano Safra já aplicou mais de R$ 81 bilhões em financiamentos com juros equalizados. A oferta total de crédito com subsídio permanece em R$ 133,6 bilhões após a realocação.

O saldo aumentou em apenas R$ 4,8 milhões em relação à última atualização, feita em dezembro. A redistribuição garante que os recursos sejam aplicados onde há maior necessidade no campo.

A medida visa assegurar que as linhas de crédito atendam ao ritmo da produção agrícola e evitem gargalos no financiamento. O foco é manter a eficiência da política pública em um momento de forte atividade no setor.

 

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