Mais 60 milhões de brasileiros enfrentaram algum tipo de insegurança alimentar entre 2019 e 2021, de acordo com um novo relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgado na quarta-feira, 6/7.
O número exato é 61,3 milhões de pessoas – ou seja, três em cada dez habitantes do Brasil, considerando uma população estimada em 213,3 milhões. Desse total, 15,4 milhões enfrentaram uma insegurança alimentar grave.
A título de comparação, entre 2014 e 2016, a insegurança alimentar no Brasil atingia 37,5 milhões de pessoas – 3,9 milhões na condição grave.
Situação no mundo
No resto do mundo, a situação também é alarmante, principalmente nos países mais pobres. Cerca de 823 milhões de pessoas foram afetadas pela fome em 2021, segundo a FAO.
O novo relatório da ONU afirma que, do número total de pessoas desnutridas em 2021, mais da metade vive na Ásia, mais de um terço na África, enquanto a América Latina e o Caribe respondem por 7,4% da subalimentação global.
Só na América Latina e no Caribe, mais 4 milhões foram empurrados para a fome entre 2020 e 2021, um aumento de quase 10 milhões de pessoas a mais em um ano e quase 30 milhões a mais em comparação com 2019.
“A situação é extremamente difícil. Em apenas dois anos, treze milhões de pessoas foram empurradas para a fome. E quatro em cada dez pessoas vivem com insegurança alimentar, enquanto ainda temos que nos preparar para os impactos da atual crise alimentar, incluindo a guerra na Ucrânia”, disse o Representante Regional da FAO, Julio Berdegué.
O que é insegurança alimentar moderada?
Quando é preciso reduzir a qualidade e quantidade de alimentos.
O que é insegurança alimentar grave?
Ficar sem comida e passar fome por um dia ou mais.
Fonte FAO