A Frente Parlamentar da Agropecuária soltou nota fazendo um apelo para que as rodovias sejam liberadas. Desde a noite de domingo, 30/11, caminhoneiros promovem paralisações em rodovias ao redor do país em protesto contra a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições.
No nota, a FPA afirma que respeita o direito constitucional à manifestação, “porém ressalta que o caminho das paralisações de nossas rodovias impacta diretamente os consumidores brasileiros, no possível desabastecimento e em toda a cadeia produtiva rural do País”.
Associações que representam caminhoneiros e empresas transportadoras de cargas, assim como a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), também se posicionaram contra às paralisações.
Para a Confederação Nacional do Transporte (CNT), o fechamento de estradas causa ” transtornos econômicos” ao país, além de afetar a locação de pessoas doentes e de produtos de primeira necessidade, como alimentos, medicamentos e combustíveis.
O presidente da Abras, João Galassi, pediu “apoio ao presidente Jair Bolsonaro a respeito das dificuldades de abastecimento que já começam a enfrentar os supermercados em função dos bloqueios”.
O deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS), que também é presidente da frente parlamentar mista em defesa dos caminhoneiros autônomos e celetistas, afirmou que o ato é ideológico e não representa a categoria.
“Esses atos que estão acontecendo desde ontem pelo Brasil não são pautas e essas pessoas não representam os caminhoneiros”, afirmou.
No Mato Grosso, manifestantes queimaram pneus e fecharam trechos da BR-163, em quatro municípios da região norte de Mato Grosso: em Lucas do Rio Verde, Sorriso, Sinop e Nova Mutum. Há informações de protestos em outros Estados também.