Auditoria do Ministério Público Federal do Pará de 2020 revela que 30% das 940.617 cabeças de gado compradas pela JBS entre janeiro de 2018 e junho de 2019 teriam vindo de áreas com problemas de desmatamento ou outras inconformidades.
O número representa três vezes o índice de tolerância de 9,95% estipulado pelo MPF-PA para a auditoria de 2020. E um salto de 32% em comparação com a auditagem realizada na empresa no ano anterior.
A notícia vinda do norte do país serve de alerta para os frigoríficos de Mato Grosso, já que a empresa é de suma importância para a economia do nosso Estado.
Em 2013, a JBS assinou assim um Termo de Ajuste de Conduta com o Ministério Público Federal, no qual se compromete a não comprar gado de fazendas desmatadas ilegalmente a partir de 2008, de propriedades envolvidas em crimes ambientais, de fazendeiros acusados de trabalho escravo e de avançar ilegalmente em terras indígenas.
A JBS afirma que o resultado da auditoria se deve a uma mudança recente no critério adotado pela MPF. Ainda assim, anunciou investimentos na ordem de R$ 5 milhões para “reforçar a sustentabilidade da cadeia de fornecimento de bovinos no Pará e ampliar a adoção de boas práticas por toda a indústria”.
De acordo com a empresa, em comum acordo com a MPF, esses recursos serão destinados a iniciativas no Pará que podem acelerar a análise e verificação de Cadastro Ambiental Rural e do Programa de Regularização Ambiental no Estado.