Três operações de apreensão de agrotóxicos falsificados e contrabandeados foram realizadas nesta semana nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo. As ações tiveram por objetivo coibir o contrabando e a comercialização de produtos irregulares no Brasil, informa em comunicado o Ministério da Agricultura e Pecuária, que participou da ação com a Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Civil de São Paulo.
Conforme o comunicado, no Estado de Mato Grosso, a ação com a PRF apreendeu 8 toneladas de agrotóxicos de origem chinesa, sem nota fiscal, em um caminhão na BR-163, em Rondonópolis. O condutor do veículo foi preso e deve responder por contrabando.
Já em Mato Grosso do Sul, o ministério atuou com a PF em operação deflagrada para o cumprimento de mandados de busca e apreensão, após investigações de carga apreendida anteriormente com agrotóxicos com rótulos falsificados. Nas buscas, foram apreendidos, dentre outros materiais, galões de substância química para análise pericial.
Em São Paulo, a ação com a Polícia Civil e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ocorreu em Americana. No local foram apreendidos 75 toneladas de agrotóxicos contrabandeados em embalagens com rótulos modificados e que seriam transportados para os Estados de Mato Grosso e Goiás.
Entre os agrotóxicos recolhidos, havia o herbicida Paraquat, que teve seu uso proibido no Brasil em 2020 em decorrência de reavaliação toxicológica realizada pela Anvisa.
Durante a ação de fiscalização em São Paulo, auditores fiscais federais agropecuários auxiliaram os trabalhos realizando a análise dos produtos suspeitos em tempo real com o equipamento NIR, Espectrômetro de Infravermelho Próximo. O aparelho portátil permite que em poucos minutos se tenha o resultado preliminar sobre as amostras de agrotóxicos.
O valor aproximado dos produtos apreendidos é de R$ 43 milhões. Os infratores serão autuados e responderão administrativamente.
Por não ter registro no ministério, os agrotóxicos considerados ilegais constituem risco para agropecuária pela ausência de procedência e eficácia do produto para o controle e combate às pragas.
Fonte: Estadão Conteúdo