HomeEconomia

País faz primeira emissão de título sustentável em dólares no exterior

País faz primeira emissão de título sustentável em dólares no exteriorMinistério da Fazenda avaliou positivamente o resultado. Foto: Agência Gov

Estudo com formigas revela efeitos do pasto na diversidade amazônica
Clima irregular já afeta venda de fertilizantes no País
Como será o clima na região Centro-Oeste em maio?

O Tesouro Nacional informou, em nota nesta segunda-feira, 13/11, que fez sua primeira emissão de título sustentável em dólares no mercado internacional. Foi realizada a emissão de um benchmark de sete anos, com vencimento em 2031, denominado GLOBAL 2031 ESG. O objetivo da operação é reafirmar o compromisso do Brasil com políticas sustentáveis, convergindo com o crescente interesse de investidores não residentes e com a expansão do mercado de títulos temáticos no mundo.

O GLOBAL 2031 ESG tem vencimento em 18 de março de 2031 e foi emitido no montante de US$ 2 bilhões, com uma taxa de retorno para o investidor de 6,50% a.a, que corresponde a um spread de 181,9 pontos-base acima da Treasury de referência (título do tesouro norte-americano), menor nível em novas emissões em quase uma década. O título sustentável tem cupom de juros de 6,25% a.a, cujo pagamento será realizado em 18 de março e 18 de setembro de cada ano. A emissão foi realizada ao preço de 98,572% do seu valor de face.

Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o resultado é bastante expressivo.

“É a primeira vez que o Brasil emite esse tipo de título. A taxa conseguida foi de 6,5 % ao ano. Isso significa um spread implícito de 180 pontos. E por que isso é relevante? Porque esse é o spread pago, em geral, para países com grau de investimento. Então é um dado relevante, porque o mercado internacional reconhece o Brasil como um país com grau de investimento”, afirmou.

A emissão reforça o papel importante da dívida externa em termos de alongamento de prazo, diversificação de indexadores e da base de investidores. Adicionalmente, corrobora o papel da Dívida Pública Federal externa de promover referência para o setor corporativo, razão pela qual o Tesouro Nacional escolheu um benchmark de 7 anos, onde se concentram as emissões privadas.

Interesse de investidores

A primeira emissão de títulos sustentáveis do Tesouro Nacional atraiu um interesse significativo de investidores, que pode ser mensurado pelas mais de 240 ordens no ápice do livro de ofertas. A demanda superou largamente o volume emitido, com o livro de ordens próximo de US$ 6 bilhões.

A alocação final contou com expressiva participação investidores não residentes, sendo cerca de 75% oriundos da Europa e da América do Norte, com a América Latina, incluindo o Brasil, respondendo por 25%.

A emissão foi majoritariamente absorvida por investidores de longo prazo, com gestores de ativos adquirindo cerca de 60% dos títulos, e contou com expressiva demanda de contas ESG, participantes do non-deal road show realizado pelo Brasil no início de setembro de 2023.

A operação foi liderada pelos bancos Itaú, J.P. Morgan e Santander.A liquidação financeira ocorrerá em 20 de novembro de 2023.

 “Esta comunicação é apenas para fins informativos e não constitui uma oferta de compra ou venda ou uma solicitação de oferta de venda ou compra de quaisquer títulos. Não haverá oferta ou venda de títulos em qualquer país ou jurisdição em que tal oferta, solicitação ou venda seja considerada ilegal se realizada antes do respectivo registro ou habilitação nos termos as leis de títulos e valores mobiliários do respectivo país ou jurisdição. As informações neste anúncio podem não ser completas e podem ser alteradas”, disse a nota do Tesouro.

Mais informações, acesse aqui.

Fonte: Planalto