A Petrobras anunciou o aumento de cerca de US$ 9,1 milhões em investimentos em projetos focados na restauração florestal de espécies nativas nos biomas brasileiros. O objetivo da medida, anunciada nesta quarta-feira, 10/11, durante a COP26, é contribuir com a captura e a fixação de carbono e evitar as emissões de gases de efeito estufa.
O anúncio faz parte do programa Floresta Viva, lançado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) durante o fórum Fortalecimento da Agenda Florestal, durante a COP26.
O Floresta Viva terá como princípio unir recursos do BNDES com recursos de outras empresas. A parceria entre Petrobras e o BNDES somará um investimento de US$ 18,3 milhões em cinco anos para financiar projetos de reflorestamento mediante seleção pública e gestão compartilhada.
Para iniciativa, será selecionado um sócio gestor, mediante convocatória pública, que se encarregará de selecionar e acompanhar de perto os projetos. O chamamento público está previsto para o primeiro semestre de 2022.
A estatal informa que a participação dela na iniciativa tem como objetivo ampliar o investimento social e ambiental da empresa em soluções climáticas naturais centradas na restauração florestal. As convocatórias estabelecerão requisitos ambientais e sociais para a seleção de projetos, que deverão estar alinhados às normas de certificação internacional para una possível certificação de carbono.
Segundo o diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental do BNDES, Bruno Aranha, o programa Floresta Viva ajudará a impulsionar o setor de restauração ecológica e de empresas brasileiras que trabalham na transição para uma economia neutra em carbono.
“Com esta iniciativa, nossa expectativa é reflorestar entre 16 mil e 33 mil hectares com espécies nativas, com a captura de uns 9 milhões de toneladas de CO² equivalente ao longo da vida dos projetos”, disse Aranha.
A iniciativa se soma aos investimentos que a Petrobras realiza desde 2008 em projetos voluntários em sua linha de ação Clima, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
“A Petrobras y o BNDES já têm ampla experiência em convocatórias públicas para apoiar projetos de restauração e conservação de florestas. O Floresta Viva contempla uma cooperação entre vários agentes que reconhecem a importância da questão climática e que unem esforços para a restauração ecológica de biomas brasileiros. Esta parceria reforça as iniciativas em matéria de soluções climáticas naturais, impulsionando seus resultados e gerando novas oportunidades”, disse o diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Petrobras, Roberto Ardenghy.
Atualmente, a Petrobras apoia 17 projetos desenvolvidos na Amazônia, na Mata Atlântica e na Caatinga, que somam investimentos no valor de US$ 11,5 milhões para os próximos três anos. Além desses, serão incorporados outros quatro projetos, resultantes da Seleção Pública 2021, com operações em manguezais e bacias hidrográficas importantes para a empresa.
A iniciativa da Petrobras é muito bem-vinda, mas seria ainda mais efetiva se o governo federal não caminhasse na contramão da tão sonhada transformação energética, ao propor medidas como congelamento do ICMS e diminuir o valor do biodiesel. Segundo Relatório realizado pelo banco de investimento UBS em parceria com o Banco do Brasil, essas medidas prejudicam o Brasil de atingir a meta de reduzir a emissão de gases de efeito estufa em 50% até 2030 e neutralizar a emissão de carbono até 2050.
Fonte: Agência Brasil