Manter o Cerrado de pé e obter lucro com o bioma não é incompatível. Ao menos, essa é a intenção da startup Bio2Me, que quer captar deR$ 30 milhões a R$ 40 milhões no segundo semestre deste ano para comprar fazendas com excedente de mata nativa e rentabilizar bioativos, que atendem da indústria alimentícia até a farmacêutica. As informações são do Globo Rural.
Tudo começou quando Claudio Fernandes herdou a fazenda do pai em Luziânia (GO), em 2019. Ele decidiu buscar uma forma de ganhar dinheiro sem desmatar. Fernandes começou empreendendo no mercado do baru, em seguida, criou uma empresa que manejasse áreas preservadas e restaurasse o Cerrado.
A empresa desenvolveu um algoritmo capaz de analisar imagens de satélite e encontrar propriedades com baruzeiros já estabelecidos, a partir dos padrões das copas das árvores. O sistema transforma cada árvore em uma linha em uma planilha, e faz uma estimativa do valor do espaço.
Até o momento, a startup recebeu cerca de R$ 3 milhões em aportes de dois investidores. Os recursos esperados na próxima rodada devem ser usados para comprar ou arrendar propriedades. A expectativa dos sócios é chegar a 10 mil hectares até o fim deste ano e 300 mil hectares em cinco anos.