Por André Garcia
Acompanhando outras projeções de quebra para a safra de soja 2023/2024, a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), apontou que o Brasil deve colher 147 milhões de toneladas neste ciclo. O número, divulgado nesta quinta-feira, 24/1, é 7,12% menor do que o registrado na safra 2022/23.
O sistema TEMPOCAMPO, desenvolvido pela instituição, indica que as maiores quedas estão nos estados de São Paulo (-23.42%), Paraná (-18,74%) Mato Grosso (-16.36%) e Mato Grosso do Sul (-10.59%). O Rio Grande do Sul é o inverso dessa balança, com projeção de aumento superior a 51% na safra deste ano.
A instituição também reforça que a instabilidade climática é o principal motivo para o clima tenso entre os produtores, que já começam a lidar com os efeitos dessa crise. Foi o que destacou o professor Fábio Marin, coordenador do sistema.
“Apesar do início de safra bastante difícil no Centro-Oeste, as chuvas chegaram em dezembro e contribuíram para a reversão do quadro especialmente nas lavouras mais tardias. No Paraná o quadro foi o inverso, com início bastante animador em termos climáticos, mas com reversão entre o final de dezembro e início de janeiro.”
Queda nos preços
Diante da combinação entre mudança climática e El Niño, o produtor de soja no Brasil viu o preço da oleaginosa recuar para o menor patamar nominal desde agosto de 2020, segundo dados divulgados na sexta-feira, 19/1, são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
Na data, os preços no porto de Paranaguá, no Paraná, estavam em R$ 121,81 por saca de 60 quilos, uma redução de quase 15% no acumulado do mês.
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