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Sojicultor brasileiro tem dois grandes desafios pela frente vindos da China

Sojicultor brasileiro tem dois grandes desafios pela frente vindos da ChinaChina quer soja com maiores teores de óleo e proteína e menos umidade. Foto: CNA

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O sojicultor brasileiro tem dois grandes desafios pela frente. E ambos têm a ver com seu principal comprador: a China. O principal deles se refere aos novos padrões de qualidade do grão que os chineses estabeleceram. O outro é o surgimento de um concorrente de peso, os Estados Unidos, cujos preços da soja praticados estão sendo cada mais atrativos para o país asiático.

A China, de acordo com reportagem do Canal Rural, protocolou documento na Organização Mundial do Comércio (OMC), em que estabelece que a soja importada pelo país tenha maiores teores de óleo e de proteína e menor de umidade.

Os índices propostos pelos chineses não serão alcançados sem um grande esforços os produtores e um grande impacto em toda a cadeia de soja. Pelo menos é o que demonstra a “Análise de aspectos econômicos sobre a qualidade de grãos de soja no Brasil”, estudo realizado em 2018 pela Embrapa.

O acordo protocolado na OMC ainda não foi firmado e não tem data para acontecer, mas já deve estar tirando o sono de muita gente, principalmente em nosso Estado, maior produtor de soja no Brasil.

Estados Unidos

Há ainda outro grande desafio para o produtor brasileiro, que é o preço cada mais competitivo da soja norte- americana no mercado internacional. Até aqui, importar a oleaginosa produzida no Brasil tem sido vantajoso para China.

De acordo com a análise da S&P Global, porém, a partir de meados de julho e agosto, a produção dos Estados Unidos vai se beneficiar de um custo de produção bem mais baixo que o nosso. Para se ter uma ideia, segundo reportagem da revista Veja, um carregamento do Golfo dos EUA para julho-agosto foi negociado ao equivalente a 333 centavos de dólar por bushel (cerca de 27 kg), enquanto no Brasil a oferta no período está sendo negociada a 335 centavos/bu, em valores aproximados.