O que tem sido desenhado no horizonte há no mínimo dois anos começa a sair do papel: a China se prepara para se tornar menos dependente da soja do mercado externo. Nesta quinta-feira, 13/01, o país asiático publicou um documento em que diz que pretende aumentar acentuadamente a produção da oleaginosa nos próximos quatro anos.
A meta é de produzir cerca de 23 milhões de toneladas de soja até o final de 2025, um aumento de 40% em relação aos atuais níveis de produção de 16,4 milhões de toneladas, disse o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais, divulgando seu 14º plano quinquenal de cultivo, conforme informa a revista “Forbes”.
A China depende do mercado global para 85% de sua demanda de soja, e as origens de importação são altamente concentradas, disse o ministério no documento do plano de cinco anos. Além do Brasil, outro mercado do qual a China depende é o dos Estados Unidos.
O plano de cinco anos da China afirma que destinará terras especificamente para o cultivo de soja, expandirá os programas de rotação soja-milho e vai se concentrar no aumento do rendimento da oleaginosa durante o período 2021-25.
Pequim também expandirá a área plantada e a produção de outras oleaginosas, incluindo colza e amendoim, para atender à crescente demanda por óleos de cozinha e proteína, de acordo com o documento.
A China importou 58,393 milhões de toneladas de soja do Brasil de janeiro a outubro de 2021. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o volume é 4% inferior ao comprado no mesmo período de 2020. O país é o maior comprador da oleaginosa brasileira.
Fonte: Forbes