Na segunda-feira, 4/9, a Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), apoiada pela ONU, emitiu um alerta sobre o aumento acelerado das espécies invasoras em todo o mundo. Elas causam danos significativos, destruindo colheitas, devastando florestas, propagando doenças e perturbando ecossistemas. Os custos associados a essa situação já ultrapassam US$ 400 bilhões por ano, equivalente ao PIB de países como Dinamarca ou Tailândia. As informações são da Folha de S.Paulo.
As espécies invasoras incluem desde o aguapé, uma planta aquática que prejudica o Lago Vitória, na África, até ratos e cobras-marrons que ameaçam aves no Pacífico, além de mosquitos transmissores de doenças como zika, febre amarela e dengue. Essa questão representa um desafio crítico para a biodiversidade e a saúde global.
Há, atualmente, 37 mil espécies exóticas no mundo, das quais pouco menos de 10% podem ser consideradas invasoras e daninhas devido aos efeitos negativos ou mesmo irremediáveis nos ecossistemas e na qualidade de vida na Terra, segundo o relatório.
Fatores como desenvolvimento econômico, o crescimento populacional e a mudança climática “aumentarão a frequência e a extensão das invasões biológicas e os impactos das espécies exóticas invasoras”, explica o documento, e apenas 17% dos países têm leis ou regulamentos para combater esse ataque.
Tanto por acidente quanto propositalmente, quando espécies não nativas acabam no outro lado do mundo a responsabilidade é sempre dos humanos, destacam os cientistas no alerta.