O algodão é a commodity agrícola que mais desvalorizou nas bolsas internacionais. De acordo com reportagem do Valor, os contratos de segunda posição de entrega negociados na Bolsa de Nova York acumularam queda de 13%, de janeiro até a última sexta-feira, 5/8.
Se consideradas as médias mensais desses papéis, o algodão perdeu praticamente um terço de seu valor entre abril quando atingiu sua máxima deste ano, e julho, mês em que os preços médios desceram a 93,78 centavos de dólar por libra-peso.
Um dos fatores que contribuíram para a cotação foi a falta de chuvas e as temperaturas elevadas na primavera e no início do verão, que destruíram muitas lavouras no Texas, maior produtor de algodão dos Estados Unidos, que é, por sua vez, o maior exportador da pluma no mundo.
A queda dos preços e também os problemas climáticos nas lavouras fizeram os produtores brasileiros adiarem a comercialização, na esperança de que as cotações melhorem. Segundo a StoneX, a venda da safra 2022/23 alcançou 36% até esta segunda-feira, 8/8, mas com poucos contratos fixados. Para a produção do ciclo 2023/24, o volume negociado chegou a 5%.