HomeMundo

Ministério chinês tentará ‘criar chuva’ para proteger colheita da seca

Ministério chinês tentará ‘criar chuva’ para proteger colheita da secaCampo em Lixiahe, província de Jiangsu, no leste da China. Foto: Xinhua/Meng Delong

Mapa cita ‘equívoco’ em caso de suspensão da produção de carne para China
China recua na importação de soja, algodão, óleo de palma, açúcar e fertilizantes
China e Rússia têm interesse em ampliar laços comerciais com Mato Grosso

O Ministério da Agricultura da China afirmou que tentará proteger sua colheita de grãos da seca recorde que assola o país usando produtos químicos para “criar chuva”. O país enfrenta o verão mais quente e seco desde que o governo começou a registrar chuvas e temperaturas, há 61 anos. O clima murchou as colheitas e deixou os reservatórios com metade do nível normal de água.

O ministro da Agricultura, Tang Renjian, afirmou que as autoridades tomarão medidas de emergência para “garantir a colheita de grãos no outono”, que representa 75% do total anual da China.

Segundo ele, o plano é “aumentar a chuva”, produzindo nuvens com produtos químicos e pulverizando as plantações com um “agente de retenção de água”, para limitar a evaporação.

A seca é mais um desafio para o Partido Comunista, que está tentando sustentar o fraco crescimento econômico e promover o terceiro mandato do presidente Xi Jinping. Uma colheita de grãos menor para a China, aumentaria a demanda por importações.

Fábricas na província de Sichuan, no sudoeste da China, foram fechadas, na semana passada, para economizar energia para as residências, pois a demanda por ar condicionado aumentou muito com as temperaturas de até 45 graus Celsius. Neste domingo, as empresas aguardavam notícias sobre a prorrogação da paralisação.

Enquanto isso, no noroeste do país, áreas da China sofreram inundações repentinas que mataram pelo menos 26 pessoas e deixaram cinco desaparecidas. Deslizamentos de lama e rios também atingiram seis aldeias nas proximidades da Grande Muralha e forçaram cerca de 1,5 mil pessoas a deixarem suas casas.

Fonte: Estadão Conteúdo