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Incêndios agravam problemas respiratórios de indígenas em MT

Incêndios agravam problemas respiratórios de indígenas em MTMuitos estão na linha de frente de combate ao fogo. Foto: Agência Brasil

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Os casos como falta de ar, tosse e desidratação aumentaram entre indígenas de Mato Grosso, especialmente na região do Pantanal. As queimadas, gravadas pela baixa umidade, são consideradas motivos para a piora na saúde.  As informações são da Folha de S. Paulo.

De acordo com Vanessa Truká, enfermeira do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Cuiabá, que concentra atendimento da maior parte dos casos, os indígenas estão recebendo suporte com EPIs (equipamentos de proteção individual), máscaras e hidratação nas próprias comunidades.

Ela alerta, no entanto, que muitos necessitam de encaminhamento médico devido à intensa exposição à fumaça.

“Os casos ocorrem especialmente entre aqueles na linha de frente, combatendo o fogo”, disse.

Não existem números consolidados de atendimentos, segundo a Secretaria de Estado da Saúde. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) informou que 30 TIs (terras indígenas) foram afetadas na última semana.

Na segunda-feira, 12/8, a Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt) publicou uma nota solicitando esforços conjuntos dos municípios, dos governos estadual e federal para conter as queimadas e apoiar as comunidades mais afetadas.

O pneumologista Clóvis Botelho, pesquisador e professor da Universidade Federal de Mato Grosso, explicou que o Estado passa por  uma situação crítica também devido à baixa umidade do ar, já que a combinação desses fatores multiplica o efeito danoso nas vias aéreas.

“Essa situação aumenta a incidência de traqueobronquites, bronquites e bronquiolites, que podem evoluir para quadros mais graves, como pneumonias”.

Indígenas e pessoas na linha de frente de combatem aos incêndios estão entre as mais afetadas.

“Além do risco de queimaduras, elas aspiram material particulado diretamente. Mesmo com mecanismos de proteção, a exposição é constante, e muitas continuam próximas aos locais dos incêndios, inalando ainda mais partículas”, informou o médico.