O rio Paraguai atingiu nesta terça-feira, 8/10, seu nível mais baixo desde o início dos registros, com apenas 62 centímetros, superando a marca de 1964, segundo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). A queda constante do nível, com redução diária de 1 a 2 centímetros, compromete a navegação e o abastecimento de comunidades ribeirinhas. As informações são da Folha de S. Paulo.
Apesar de estar abaixo da cota zero, o rio Paraguai mantém cinco metros de profundidade em Ladário devido a características geológicas locais. Essa profundidade permite uma navegabilidade limitada e garante o abastecimento básico das comunidades ribeirinhas, que sofrem com a escassez de água e dificuldades para garantir a alimentação. A seca extrema prejudica a economia local, impactando setores como turismo e pesca.
A redução do nível do rio Paraguai está associada à crise climática e à falta de chuva na bacia hidrográfica.
“O Imasul está mobilizado para acompanhar a situação de perto e repassar informações precisas”, disse André Borges, diretor-presidente do órgão público.
Em maio deste ano, a ANA declarou situação crítica de escassez hídrica no rio Paraguai, intensificando o monitoramento, identificando impactos, propondo medidas de prevenção e mitigação, permitindo mecanismos tarifários de contingência, sinalizando a necessidade de medidas especiais e possibilitando a declaração de calamidade ou emergência por municípios e estados.