A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) divulgou na terça-feira, 9/8, uma nota pública, em que manifesta preocupação em relação ao abate feito pelos grandes frigoríficos do País.
De acordo com o documento, os frigoríficos “vêm rotineiramente alongando suas escalas, determinando férias coletivas e até o fechamento de muitas plantas, sendo várias delas únicas em suas regiões”.
A nota foi divulgada no mesmo dia em que a gigante JBS, maior indústria de carne do mundo, anunciou férias coletivas para funcionários de sete plantas no Brasil. Segundo o Valor, unidades que atendem mais o mercado interno estão temporariamente paralisadas.
No Mato Grosso, as férias coletivas atingiram abatedouros da empresa em Pontes e Lacerda, Colíder e Alta Floresta. Em comum, os frigoríficos paralisados temporariamente não têm habilitações para a China, o mercado mais rentável. “O mercado interno não suporta os preços chineses”, avaliou uma fonte para o Valor.
“Essa situação tem promovido transtornos e prejuízos incalculáveis aos produtores, principalmente os registrados nos últimos dias quando, coincidentemente, os frigoríficos promoveram quase que simultaneamente a extensão de suas escalas, baixando os valores da arroba do boi”, diz a nota.
“Essa situação tem promovido transtornos e prejuízos incalculáveis aos produtores, principalmente os registrados nos últimos dias quando, coincidentemente, os frigoríficos promoveram quase que simultaneamente a extensão de suas escalas, baixando os valores da arroba do boi”, diz a nota.
No texto, a Acrimat afirma ainda que muitas ações podem ser realizadas para enfrentar a crise econômica por que passa o Brasil. Cita como exemplo a iniciativa do Governo de Mato Grosso, que reduziu temporariamente as alíquotas do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS).
“A Acrimat está acompanhando essas ações e à disposição para discutir quaisquer sugestões para a melhoria de toda a cadeia produtiva da carne”, finaliza a nota.