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Café Robustas Amazônicos tem 1ª colheita nos campos da Empaer

Café Robustas Amazônicos tem 1ª colheita nos campos da EmpaerColheita feita manualmente com clones de ciclos precoces. Foto: Empaer

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A colheita de café está em andamento nos Campos Experimentais da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) nos municípios de Tangará da Serra e Sinop. Este ano marca a primeira safra dos cafeeiros Robustas Amazônicos, com o objetivo de avaliar o desempenho de 50 materiais genéticos mais produtivos e adaptados para as regiões Norte e Noroeste do Estado.

A pesquisa é uma parceria entre a Empaer, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), que estão trabalhando juntas para apoiar os cafeicultores e valorizar a cultura por meio do Programa MT Produtivo Café.

De acordo com a pesquisadora da Empaer, Danielle Helena Müller, o trabalho de pesquisa teve início em 2021 com o plantio de cafés desenvolvidos pela Embrapa Rondônia. Foram utilizados híbridos entre as variedades botânicas Conilon e Robusta, resultando no café conhecido como Robusta Amazônico, além de clones de cafés robustas provenientes de produtores de Mato Grosso.

Na etapa experimental, a colheita está sendo realizada manualmente, utilizando clones de ciclos precoces, médio e tardio. As amostras estão sendo processadas individualmente para análise. De acordo com Müller, as amostras serão enviadas para Embrapa fazer as avaliações e análises de qualidade dos grãos e da bebida dos clones.

“Essa é a primeira colheita e teremos dados preliminares. Para avaliação efetiva dos clones ainda serão conduzidas mais duas ou três safras. Tudo vai depender das avaliações dos materiais que identificarmos mais produtivos, resistentes e adaptados para o cerrado mato-grossense. Acredito que teremos resultados com informações importantes para a tomada de decisão do produtor, no final de 2024”, disse.

O pesquisador Wininton Mendes da Silva acrescentou que nos experimentos estão sendo avaliadas características como a capacidade produtiva das plantas (sacas por hectare); rendimento durante o beneficiamento; resistência ao tombamento das hastes e qualidade da bebida. Ao final, pretende-se indicar os genótipos com melhor desempenho geral e os que apresentam características distintas, como alto potencial para qualidade de bebida e maior resistência da haste ortotrópica, característica essencial para sistemas de cultivos mecanizados.

Segundo Mendes, esse projeto de pesquisa faz parte do processo de revitalização da cafeicultura e pretende fornecer aos produtores cultivares validadas para as regiões do Estado, com isso, proporcionar maior retorno econômico aos cafeicultores.

“Teremos dados preliminares no final deste ano e já estaremos selecionando os clones mais produtivos”, enfatizou.

Fonte: Empaer-MT