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Clima gera rombo de R$ 4,6 bi a resseguradoras no campo

Clima gera rombo de R$ 4,6 bi a resseguradoras no campoSeca destruiu plantações e gerou grandes prejuízos. Foto: Reprodução/TV Morena

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O clima gerou às empresas resseguradoras um rombo de R$ 4,6 bilhões nas contas entre janeiro e junho de 2022, contra R$ 263 milhões nos primeiros seis meses do ano passado. Os dados de agosto são da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

De acordo com reportagem do Valor, o prejuízo foi quase 18 vezes maior entre um período e outro e já faz de 2022 o pior ano da série histórica até agora.

As consequências são apólices mais caras e restritivas aos agricultores e seguradoras menos dispostas a aceitar riscos no mercado. O Gigante 163 já havia alertado sobre isso em reportagem recente.

Para se ter uma ideia, a taxa de risco do milho segunda safra subiu, em média, 32% do ano passado para cá, de 9,05% para 11,96%. As garantias oferecidas pela apólice – ou seja, as produtividades seguradas – foram reduzidas a 7%, em média.

De quem é a culpa? Do clima

“O resultado negativo das resseguradoras é explicado pelas perdas geradas pelo clima na produção das safras de inverno de 2021 e verão de 2021/22, que tiveram impacto na colheita dos produtores, em especial do Sul do país, e no balanço das empresas do ramo”, diz a reportagem.

As seguradoras que vendem o seguro rural aos produtores contratam resseguros para diminuir sua responsabilidade em relação a um risco considerado excessivo para sua capacidade financeira. A operação é natural e corriqueira nesse tipo de negócio.

De acordo com o jornal, a sinistralidade desses resseguros no Brasil só aumentou nos últimos anos – passou de 82%, em 2020, para 126,8% em 2021 – até dar um salto neste primeiro semestre de 2022 de 286%. O desembolso de indenizações do seguro agrícola, com e sem a subvenção federal, chegou ao valor recorde de R$ 7,7 bilhões só neste ano.

“As condições comerciais oferecidas aos segurados foram corrigidas para 2022 de forma que as perdas observadas em 2021 estivessem refletidas”, disse uma fonte ao Valor.

O cenário, avaliado como crítico para as 15 empresas que atuam no setor,  deverá ser semelhante para a contratação de seguro agrícola para a safra de soja, que começará a ser plantada em breve.

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