Os sojicultores do Mato Grosso gastaram 93% mais com fertilizantes nesta safra do que no ano passado. O custo pulou de 8,59 sacas por hectare para 16,63 sacas por hectare.
Para produzir milho segunda safra, os agricultores mato-grossenses despenderam ainda mais dinheiro. De 11,2 sacas por hectare de 2021 saltou para 24,54 sacas por hectare neste ciclo. Uma alta de quase 120%.
No Paraná, os aumentos foram de 98%, para produzir soja, e 150%, para o milho.
As informações constam de um levantamento realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq) em parceria com o Projeto Campo Futuro do Sistema CNA/Senar, sobre o chamado custo operacional do milho e da soja nos Estados do Paraná e Mato Grosso, publicado pelo Canal Rural.
No Brasil
Simulação realizada pelo Cepea mostra que o gasto médio orçado com fertilizantes para a produção de soja na safra 2022/23, no Brasil, aumentou 29,6% em março frente ao mês anterior e expressivos 103,4% em relação a março de 2021.Em março, o sojicultor precisou de 13,3 sacas de soja por hectare para custear o gasto com fertilizante, contra 7,9 sacas/ha em março do ano passado.
Para o milho da safra verão e de segunda safra de 2022/23, o gasto com fertilizantes orçado em março cresceu 30,6% e 31%, respectivamente, em relação ao mês de fevereiro de 2022. Na comparação anual, os aumentos são de respectivos 91,5% e 119,1%. Em março de 2022, foram necessárias 56,2 sacas e 23,3 sacas de milho para cobrir o gasto orçado com fertilizante por hectare para o milho verão e segunda safra, respectivamente, contra 21,9 sacas e 10,7 sacas do cereal em março de 2021.
O aumento nos preços dos fertilizantes, que já era uma preocupação dos produtores brasileiros, se intensificou diante do conflito no leste europeu, com as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos, União Europeia e outros países sobre a Rússia.
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