A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) está realizando pesquisa nos campos experimentais de Cáceres, Acorizal e Tangará da Serra. O objetivo é identificar cultivares de mandioca de mesa e indústria com características agronômicas e comerciais que possam ser recomendadas aos agricultores familiares.
O trabalho de pesquisa encerrou o plantio de 40 materiais genéticos no início de janeiro e será executado num período de sete a dezesseis meses, avaliando a produtividade, o melhor ciclo de colheita, a resistência ao tombamento, a arquitetura para plantio mecanizado, entre outros.
A pesquisadora da Empaer Dolorice Moreti explica que o intuito da pesquisa é fornecer aos produtores rurais um conjunto de práticas recomendáveis com a garantia de rendimento e menor custo de produção. Serão avaliados o teor de amido para os materiais de mesa e indústria e o tempo de cozimento para a mandioca usada in natura. Os testes de cozimento serão feitos com variedades em até um ano após o plantio da mandioca.
Os materiais do banco genético que estão sendo avaliados são oriundos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e de produtores de Mato Grosso.
“As avaliações serão feitas mensalmente em cada campo experimental. Estamos avaliando variedades de mandioca da região do cerrado e de mata”, diz Dolorice.
A mandioca em MT
O Mato Grosso possui uma área plantada de 18.440 hectares, com uma produção de 270 mil toneladas de raízes e uma produtividade média de 14.784 toneladas por hectare (IBGE/2022). A pesquisadora conta que em 2010 a área plantada era de 38 mil hectares de mandioca e atribui a redução da área relacionada a diversas causas, como ausência de materiais mais produtivos e ramas de boa qualidade.
Dolorice conta que na safra 2015/2016, no município de Acorizal, o rendimento médio de raízes dos genótipos testados variou com os anos de cultivo, onde a menor média de produtividade de raízes foi acima de 15 toneladas por hectare e a maior produtividade foi de 30 toneladas por hectare.
“A finalidade do trabalho é apoiar o processo de desenvolvimento da mandiocultura de subsistência e comercial, com ações de pesquisa para selecionar cultivares produtivas e resistentes às principais doenças. Assim como atender os interesses e necessidades do produtor rural no cultivo da mandioca, oferecer alternativas de sistemas de produção, bem como de irrigação, cultivo mecanizado, para indústria, mesa, in natura e processada”, finaliza.
Fonte: Empaer