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MT discute redução de dependência de fertilizantes importados

MT discute redução de dependência de fertilizantes importadosMeta é reduzir a dependência da importação até 2050. Foto: Pexels

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Mato Grosso deve elaborar uma Política Estadual de Fertilizantes em acordo com o Plano Nacional de Fertilizantes. O assunto foi tema da reunião na terça-feira, 14/3, entre César Miranda, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec); José Carlos Polidoro, pesquisador da Embrapa e assessor da Secretaria Especial de Assuntos Federativos da Presidência da República; Evandro Soares, reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e técnicos das pastas e instituições.

A ideia é reduzir a dependência de importação de fertilizantes. O Estado é o maior produtor agrícola do país e, consequentemente, o principal consumidor. A necessidade de comprar os produtos de outros países deixa os agricultores locais  expostos às oscilações do mercado. Em 2022, o Brasil importou cerca de 84% dos fertilizantes que os agricultores precisaram naquele ano, o que representou R$ 100 bilhões.

A proposta é que Mato Grosso seja o primeiro Estado, cuja atividade central é o agronegócio, a debater um plano que  reduza a dependência de fertilizantes importados. Com isso, seria um dos cinco no país a ter um hub temático, um Centro de Excelência de Tecnologia em Fertilizantes, com enfoque em sustentabilidade agroambiental e eficiência agronômica.

Dentre as oportunidades vislumbradas é de que MT possa ter uma planta de ureia/amônia, fertilizantes fosfatados e organominerais até 2025. Além disso, há potencial de produção de fosfato, no município de Jauru, com reserva de 314 milhões de toneladas. O Estado ainda tem potencial para o reaproveitamento de rejeitos de proteína para a produção de fertilizantes orgânicos e organominerais.

“É meta do Plano Nacional de Fertilizantes que, pelo menos, cinco estados brasileiros tenham as próprias políticas até 2025. No Plano Estadual é preciso que sejam previstas políticas de incentivos fiscais para a vinda das fábricas, infraestrutura e o Estado já trabalha com Parque Tecnológico, conhecer os recursos naturais. É preciso estudar mais a parte mineral e descobrir se há novas jazidas, só há indicativos, mas é necessário detalhar. Além do mais, Mato Grosso precisa criar um Comitê Estadual de Fertilizantes para executar as ações do plano, em consonância com o plano nacional”, explicou José Carlos Polidoro.

A meta é de que até 2050, o Brasil possa produzir 50% dos fertilizantes utilizados pelo país.

Geração de empregos

Polidoro explica ainda, que além de reduzir a dependência externa pelos insumos, uma fábrica de fertilizantes gera 600 empregos diretos e cerca de 7 mil indiretos, desde a construção da planta até o produto final entregue nas fazendas.

“Nós somos os maiores consumidores de fertilizantes do país e os maiores produtores de proteína animal e vegetal do Brasil, quase na totalidade importados e com um custo muito grande para a produção de alimentos. A gente tem que trazer essa indústria gerar emprego, gerar tecnologia aqui dentro, melhorar o nosso custo de produção e, obviamente, criar uma independência dos mercados externos”, destacou César Miranda.

A participação da UFMT será fundamental para formação de trabalhadores e especialistas. Um dos trabalhos é o mapeamento e zoneamento dos potenciais minerais em Mato Grosso.

“Esse Centro de Tecnologia em Fertilizantes está dentro também de um projeto do Centro de Tecnologias Minerais. A UFMT tem o curso de Engenharia de Minas, onde poderá agregar com laboratório de ensino, pesquisa e mola propulsora de geração de conhecimento e novas tecnologias”, explicou Evandro Soares.

Fonte: Governo de MT