O crescimento das plantas daninhas na cultura do algodão trazem à tona uma preocupação crescente para os cotonicultores a cada safra. O capim-pé-de-galinha e a vassourinha-de-botão são espécies que têm sido especialmente desafiadoras para o controle, de acordo com especialistas. As informações são do Canal Rural.
A Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) enfatiza a importância das boas práticas de manejo para enfrentar esse desafio. Outras espécies, como buva, capim-amargoso, trapoeraba, erva-de-Santa-Luzia e corda-de-viola, também requerem atenção. O controle adequado é crucial para preservar a produtividade e saúde das lavouras de algodão.
Para o doutor em Fitotecnia e pesquisador da Fundação MT, Lucas Heringer Barcellos, o capim-pé-de-galinha e a vassourinha-de-botão são mais difíceis de controlar.
“(As plantas) apresentam características morfofisiológicas que lhes conferem vantagem competitiva à cultura. Mostram também rápido crescimento nas condições edafoclimáticas do Cerrado e ainda grande quantidade de sementes”, disse à publicação.
Barcellos reforça que no caso do capim pé-de-galinha apresenta resistência a diversos herbicidas, como o Glifosato e os inibidores da acetil-CoA carboxilase. Já a vassourinha-de-botão é tolerante ao Glifosato, que é uma das opções mais utilizadas atualmente no mercado de herbicidas.
Uma das ações para o manejo bem-sucedido é conhecer a infestação e as espécies das plantas daninhas.
“Além disso, conhecer a infestação e as espécies das plantas daninhas presentes na área. Planejar-se para o manejo. Começar a dessecação desde a entressafra (agora) e ainda rotacionar os talhões que irão receber algodão”, conclui o pesquisador.