O número de pessoas que atua no agronegócio brasileiro somou 18,97 milhões em 2022, o maior contingente desde 2015, quando totalizava 19,04 milhões de pessoas, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. As pesquisas foram realizadas a partir de informações dos microdados da PNAD-Contínua e de dados da RAIS.
Esse resultado evidencia que as ocupações perdidas em 2020 em decorrência dos desdobramentos da pandemia de covid-19 já foram totalmente recuperadas, superando até mesmo os contingentes observados antes da crise sanitária. Ressalta-se que o movimento de recuperação dos postos de trabalho já vinha sendo observado ao longo de 2021 e se consolidou em 2022.
Vale lembrar que o agronegócio nacional vivenciou uma boa conjuntura de meados de 2020 a 2021, o que influenciou positivamente a geração de empregos. Em 2022, o agronegócio brasileiro conseguiu avançar em termos de faturamento, o que ajuda a explicar o resultado observado para o mercado de trabalho.
O aumento no número de pessoas ocupadas no agronegócio em 2022 foi de 2,76% frente ao de 2021 e de expressivos 8,52% em relação ao de 2020. No Brasil como um todo, 98,04 milhões de pessoas estavam ocupadas em 2022, acima das 91,29 milhões no mesmo período do ano anterior. Diante disso, a participação do agronegócio no mercado de trabalho brasileiro foi de 19,35% em 2022, um pouco abaixo da observada em 2021, quando esteve em 20,22%.
Pesquisadores do Cepea indicam que esse crescimento no número de trabalhadores no setor está atrelado aos desempenhos observados nos segmentos de insumos, da agroindústria e de agrosserviços. O relatório está disponível neste link.
Fonte: Cepea