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Queda de preços acelera compras de adubos no país

Queda de preços acelera compras de adubos no paísPreços em queda animam produtores. Foto: Pexels

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Conforme publicado na última semana pelo Gigante 163, a queda no preço dos insumos agrícolas já vem sendo sentida no setor. O Valor Econômico divulgou nesta segunda-feira, 6/3, a pesquisa trimestral da StoneX sobre o volume negociado de adubos no Brasil.

Os produtores nacionais já negociaram 62% do volume de fertilizantes estimado para o primeiro semestre, o que representa um avanço de 21 pontos percentuais nos últimos três meses, indica o levantamento mais recente da consultoria, de fevereiro. No caso das compras previstas para o segundo semestre, as negociações chegam a 31%, ou 14 pontos percentuais a mais que em novembro de 2022.

Ainda que o retrato atual da StoneX para o primeiro semestre mostre um avanço de apenas dois pontos percentuais em comparação com o ritmo de comercialização de fevereiro de 2022, esta é a primeira vez que o número mais recente do levantamento supera o de um ano antes desde o início da guerra na Ucrânia.

É importante frisar que comercialização para o primeiro e o segundo semestres deste ano ainda não supera os volumes negociados há dois anos. Na comparação com fevereiro de 2021, quando os preços elevados dos grãos incentivaram a aquisição de insumos, a negociação para o primeiro semestre chegou a 76%, ou 14 pontos percentuais a mais do que o patamar atual. Já as compras para o segundo semestre daquele ano estavam em 43%, ou 12 pontos percentuais acima do ritmo atual.

“A principal conclusão é que há uma certa recuperação de ritmo acontecendo”, avalia Marcelo Mello, diretor de fertilizantes da consultoria.

Desde fevereiro de 2022, o segmento de adubos foi afetado pela guerra na Ucrânia, que envolve Rússia e Belarus, dois dos maiores fornecedores globais do insumo. Como consequência direta do conflito, os preços de nitrogenados, fosfatados e potássicos (NPK) ultrapassaram a barreira de US$ 1 mil a tonelada em abril de 2022. Desde esse pico, as cotações recuaram cerca de 60% em dólares.

A pesquisa mostra, ainda, que no Centro-Oeste, que lidera a produção de soja no Brasil, as negociações do primeiro semestre deste ano chegam a 72%  (no mesmo período de 2022), o volume chegou a 66%. Já as compras para o segundo semestre aumentaram 3 pontos percentuais, para 36%.