O IBGE divulgou na quinta-feira, 12, que a safra brasileira de grãos em 2025 deve atingir 314,8 milhões de toneladas, um aumento de 7% em relação a 2024. Esse crescimento é impulsionado principalmente pelo bom desempenho da soja, milho primeira safra, arroz e feijão primeira safra. No entanto, há projeções de queda na produção de algodão, milho segunda safra, sorgo e trigo.
A área total estimada para cultivo de cereais, leguminosas e oleaginosas, em 2025, foi de 79,8 milhões de hectares, crescimento de 0,8% em relação a 2024.
Houve aumentos nas estimativas de produção no Mato Grosso (1,9%), no Paraná (11,0%), no Rio Grande do Sul (12,4%), no Mato Grosso do Sul (24,1%), em Minas Gerais (6,1%), em Goiás (5,0%), na Bahia (6,7%), em São Paulo (16,3%), no Tocantins (0,3%), em Santa Catarina (4,6%), no Piauí (2,3%) e em Rondônia (10,6%). Os declínios nas estimativas da produção são esperados para o Maranhão (-0,2%), para Sergipe (-1,7%) e para o Pará (-7,7%).
Novembro
A pesquisa também traz a estimativa de novembro para a safra de 2024 de cereais, leguminosas e oleaginosas, que alcançou 294,3 milhões de toneladas, 6,7% menor do que a obtida no mesmo mês de 2023 (315,4 milhões de toneladas), diminuição de 21,1 milhões de toneladas. Em relação a outubro, houve acréscimo de 545,5 mil toneladas (0,2%).
A área a ser colhida este ano deve ser de 79,1 milhões de hectares, o que representa um crescimento de 1,6% (1,2 milhão de hectares a mais) em relação à área colhida em 2023. Frente ao mês anterior, a área a ser colhida apresentou uma expansão de 416,4 mil hectares (0,5%).
“Esta queda de 6,7% na produção de cereais, leguminosos e oleaginosas em 2024 com relação a 2023 deve-se a problemas climáticos, que ocorreram na maioria das unidades da federação produtoras, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Sul. Nestas regiões, houve falta de chuvas e temperaturas elevadas nas duas safras. No estado do Rio Grande do Sul, ainda ocorreu um grande volume de chuvas nos meses de abril e maio deste ano”, destaca o gerente do LSPA, Carlos Barradas.