Adair Cassilio de Oliveira e Maria Aparecida de Oliveira vivem no Assentamento Rural Coqueiral Quebó, em Nobres, (a 146 km de Cuiabá). O casal de agricultores, que diversifica a produção e alterna o plantio de milho com melancia e tomate, vem colhendo resultados bastante positivos depois do apoio financeiro do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e técnico da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).
Os agricultores financiaram mais de R$ 59 mil para garantir a expansão da área de melancia e manter o plantio de tomate. O valor foi aplicado na compra de insumos, como adubos, fertilizantes, agroquímicos e material para substituição da irrigação. O sistema utilizado na irrigação é por gotejamento. A previsão é colher nesta safra 30 toneladas do fruto por hectare, no Sítio Oliveira. Cada fruto pesa em média 15 kg e possui todas as qualidades que o consumidor procura.
Adair conta que pretende ampliar o cultivo de melancia, iniciado em 2008, para cinco hectares, em uma área toda irrigada e chegar a produzir 40 toneladas por hectare. A produção é vendida a R$ 2 o quilo em municípios como Cuiabá, Nobres, Rosário Oeste. A colheita desta safra encerra no final de janeiro.
“Ficamos surpresos com esta colheita devido ao peso, algumas melancias chegaram a pesar 17 kg. Estamos comercializando carga fechada com 10 toneladas de melancia”, comemora.
Segundo Adair, para garantir o aumento da produtividade foram instalados três poços artesianos. Com isso, conseguem em média 130 mil litros de água por dia. São dois reservatórios que armazenam 40 mil litros de água e o plano é instalar outro poço e cultivar a fruta duas vezes ao ano. A propriedade possui uma área de 38 hectares, sendo 25 hectares explorado e o restante é de mata nativa.
Após a colheita, a área cultivada com melancia é preparada para produzir milho. Carlos Henrique Reis, técnico da Empaer explica que no Sítio Oliveira é recomendada a rotação de culturas que é uma técnica que consiste em alternar em uma mesma área diferentes culturas vegetais. É considerada uma boa prática agronômica, pois contribui com a conservação do solo e com o controle de pragas e doenças da lavoura. Além disso, a técnica é ambientalmente mais sustentável.
Tomate começa a ser plantado em fevereiro
Maria Aparecida revela que a produção de tomate rendeu 56 toneladas na safra passada, numa área de 1,5 hectare. Ela conta que o casal investiu numa variedade nova que se adaptou muito bem no Sítio Oliveira.
“Produzimos tomates de tamanho padrão, saboroso e com aparência ideal para atender os mercados. Esse produto nos surpreendeu e pode ficar na banca por mais de 15 dias e permanece do mesmo jeito quando foi colhido”, conclui.
Fonte: Empaer-MT