André Garcia
Mato Grosso colheu apenas 13,6% da soja cultivada em seu território, número que representa queda de 18 pontos percentuais em relação ao que foi registrado no mesmo período do ano passado. O ritmo lento se deve ao alto volume de chuvas e à baixa luminosidade, principalmente nas primeiras semanas de janeiro.
Os dados são do último levantamento feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e mostram que o atraso já reflete no plantio do milho da segunda safra, que, até agora, foi semeado em só 6% da área estimada de plantio no Estado. Nesta mesma época do ano passado, a semeadura era de 26%.
Em novembro de 2022 o Gigante 163 já havia alertado que as chuvas mal distribuídas e em volume aquém do normal deveriam resultar em rendimento abaixo do projetado. À época uma pesquisa do Imea apontou estimativa de produtividade 0,85% menor em relação ao ciclo passado.
Há vinte dias, em entrevista ao site, o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Mamedes Melo explicou que as precipitações, registradas em quase todo Mato Grosso, são consideradas irregulares e estão ligadas ao fenômeno La Ninã, que deve perder força neste mês.
Importante lembrar que a janela ideal do plantio do milho em Mato Grosso vai até o fim de fevereiro.
“Quando analisados separadamente, os meses fevereiro, março e abril ainda mostram possibilidade de chuvas irregulares distribuídas em quase todo o território. Mesmo que o fenômeno não esteja mais atuando, as irregularidades podem acontecer”, disse o meteorologista.
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