Você sabia que os gongolos, pequenos animais que fazem parte da fauna do solo e conhecidos como piolho-de-cobra, maria-café ou embuá, são exímios trituradores de resíduos e produzem adubos orgânicos de excelente qualidade? Testado na produção de mudas de hortaliças, por pesquisadores da Embrapa Agrobiologia (RJ), o gongo composto – como é chamado o produto – não perde em nada para os melhores substratos comerciais.
Produzir o gongocomposto não requer muita mão de obra e pode ser uma boa alternativa para o produtor aproveitar resíduos orgânicos existentes na propriedade e ainda reduzir custos com o uso do substrato obtido.
Em Sorriso, o produtor rural Ademir Binotto faz a criação dos gongolos e está formando uma associação para estimular a atividade, de acordo com o site G1 MT. O produtor já possui um projeto para envolver produtores de leite da região e a ideia é aproveitar o esterco para criação de minhocas.
Onde vivem esses animais?
Eles vivem escondidos embaixo de folhas, pedras ou troncos de árvores, e algumas vezes são confundidos com pragas.
Qual a diferença em relação às minhocas?
Os gongolos têm a mesma qualidade dos materiais gerados pelas minhocas. A diferença é que o vermicomposto (das minhocas) ainda precisa ser misturado com pó de carvão e torta de mamona para melhorar sua textura e seu nível de nitrogênio, enquanto o gongocomposto já está pronto para uso na produção de mudas em três meses.
Como fazer?
Resíduos comuns, como bagaço de cana, sabugo de milho e aparas de grama também podem ser utilizados. Basta adicionar sempre um material rico em nitrogênio, como, por exemplo, uma leguminosa.
Uma particularidade do processo é que a ação dos gongolos reduz o volume de materiais em 70 por cento. Se o produtor colocar dez litros de resíduos, no final terá três litros de composto. O processo pode levar de três a seis meses, sem a exigência de revirar o material.
Fonte: Embrapa