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Controle de pragas é essencial na primeira fase do plantio de soja

Controle de pragas é essencial na primeira fase do plantio de sojaManejo integrado, rotação de culturas e controle mecânico também são eficientes. Foto: Repdoução/Wenderson Araujo: Trilux

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Por André Garcia

A chuva que começou a cair nas últimas semanas traz boas perspectivas para produção de soja no Brasil, que poderá atingir um recorde de 166,05 milhões de toneladas na safra 2024/2025, uma alta expressiva de 12,7% ante o ciclo anterior.  Para garantir esse desempenho, o controle de doenças, pragas e plantas daninhas é essencial, especialmente nesta primeira fase de plantio.

Isso porque, durante as primeiras semanas após a semeadura, a soja ainda está em uma fase vulnerável e compete diretamente com as ervas daninhas por recursos como água, nutrientes e luz solar. Essas plantas invasoras podem se desenvolver rapidamente e, se não controladas, acabam prejudicando o crescimento da soja ao esgotar o solo e dificultar o desenvolvimento das raízes e da parte aérea da planta.

Assim, estratégias de manejo integrado, rotação de culturas e controle mecânico são fundamentais para manter o campo livre. Neste contexto, o líder do portfólio de herbicidas da Corteva Agriscience para o Brasil e Paraguai, André Baptista, também destaca o plantio antecipado, já na primeira janela, junto ao manejo com herbicidas.

“Hoje, o grande dilema do agricultor é ter que escolher entre plantar na primeira janela e fazer um controle efetivo das plantas daninhas na dessecação. Na grande maioria das vezes, o produtor escolhe plantar primeiro e relega o controle das plantas daninhas para a pós-emergência da soja, onde o manejo é mais caro, menos efetivo e com menos opções”, explica.

Impacto das ervas daninhas

A presença de ervas daninhas na fase inicial facilita a proliferação de pragas e doenças, que encontram nelas abrigo e alimento, o que aumenta a necessidade de uso de defensivos agrícolas e impacta negativamente o custo de produção.

Um estudo da consultoria Kynetec mostra que a trapoeraba, por exemplo, está presente em 75% das lavouras goianas e do Distrito Federal, enquanto o capim-pé-de-galinha está em 70% na mesma região. Já na região conhecida como “Matopiba”, com adição do Pará, foram identificadas três daninhas em mais de 90% das lavouras: erva-quente, capim-amargoso e capim-pé-de-galinha.

Diante disso, André destaca a ação de um dos produtos da empresa, o Paxeo®. De acordo com ele, a aplicação na primeira janela de plantio e durante a dessecação traz controles superiores entre 15 e 40% se comparado a outros produtos testados nas mesmas condições em trapoeraba, corda de viola e outras.

“O diferencial é o controle efetivo de maneira antecipada, facilitando o controle na data do plantio ou mesmo dentro da cultura, não precisando mais escolher entre plantar e manejar plantas daninhas. A maioria destes defensivos não atingem o resultado esperado quando aplicados neste momento inicial da safra, e Paxeo® é uma ferramenta para ajudá-lo já quando a temporada começa”, concluiu Baptista.

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