Produtores rurais agora têm uma referência importante para calcular o custo do carbono na agropecuária brasileira. Um estudo da Embrapa Territorial estimou que o valor do carbono é de US$ 11,54 por tonelada de CO₂ equivalente (tCO₂e). O valor é um ponto de partida fundamental para quem deseja adotar práticas mais sustentáveis no campo.
Segundo o estudo, essa estimativa pode ser usada para calcular o impacto ambiental das atividades agropecuárias, além de orientar os produtores a entenderem o preço do carbono e os incentivos financeiros possíveis ao reduzir as emissões. O levantamento também abre, por exemplo, caminhos para a venda de créditos de carbono e a obtenção de certificações ambientais. (Leia o estudo aqui ).
O que isso significa para os produtores rurais?
A precificação do carbono é uma forma para incentivar novas tecnologias e práticas agrícolas sustentáveis que reduzem as emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Com um valor de referência definido, programas de incentivo ambiental podem pagar aos produtores que ajudam a reduzir as emissões, como por exemplo, para aqueles que adotam melhores práticas de adubação para diminuir o uso de nitrogênio e a emissão de óxido nitroso – outro importante GEE – para a atmosfera.
Se os produtores souberem o valor de mercado de suas ações para reduzir o CO₂, podem buscar certificações ambientais e até vender créditos de carbono.
Além disso, o governo e empresas podem criar políticas de incentivo para quem adotar medidas sustentáveis no campo.