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Ministério define calendário de plantio de soja para 2022/23

Ministério define calendário de plantio de soja para 2022/23Em Mato Grosso, calendário vai de 16 de setembro a 3 de fevereiro. Foto: Secom-MT

A pedido do MPF, Mapa revê alteração do calendário da soja
Prazo contado: sojicultores do MS e do MT devem atualizar cadastro de propriedades
Mapa da dispersão da ferrugem asiática está disponível no site do Indea

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou na terça-feira, 28/6, no Diário Oficial da União, a Portaria nº 607 que estabelece os calendários de semeadura de soja referente à safra 2022/2023, para serem seguidos por 21 unidades da Federação.

Em Mato Grosso, maior produtor da oleaginosa do País, o calendário vai de 16 de setembro a 3 de fevereiro.

O calendário de semeadura é uma medida fitossanitária, implementada no Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), que visa racionalizar o número de aplicação de fungicidas e reduzir os riscos de desenvolvimento de resistência do fungo Phakopsora pachyrhizi às moléculas químicas utilizadas no controle desta praga.

A Ferrugem Asiática é considerada uma das doenças mais severas que incidem na cultura da soja, podendo ocorrer em qualquer estádio fenológico. Nas diversas regiões geográficas onde a praga foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção.

Em relação aos períodos dos calendários estabelecidos na safra anterior, as alterações para essa nova safra levaram em consideração a análise dos dados relativos ao acompanhamento da safra de soja, realizado semanalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que evidenciam o reduzido percentual da área cultivada de soja semeada nas últimas semanas dos calendários estipulados e, consequentemente, o impacto destes cultivos tardios na resistência da praga à fungicidas.

As medidas fitossanitárias adotadas pelo Mapa atendem as sugestões de calendários enviadas pelos Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária Vegetal, conferindo maior autonomia para a gestão do programa no nível estadual.

Fonte: Mapa