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Bovinos mortos por hipotermia ultrapassam a marca de 2.700

Bovinos mortos por hipotermia ultrapassam a marca de 2.700Além das mortes, pecuaristas do MS contabilizam prejuízos. Foto: Iagro

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O número de mortes de bois por hipotermia alcançou o patamar de 2.725 até o dia 19/6, segunda-feira. Os casos notificados em 92 propriedades rurais do Mato Grosso do Sul. Nova Andradina, no sudeste do Estado, é o município com o maior número de óbitos (veja o mapa). A cidade registrou 601 mortes, distribuídas em 32 propriedades rurais. As informações foram publicadas no Globo Rural.

Nesta quarta-feira, 21/6, a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro) e a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) emitiram uma nota técnica com orientações para os pecuaristas sobre os casos de mortalidades de bovinos no Estado.

Além da Semadesc, o site afirmou que Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (Famez/UFMS) em parceria com a própria Iagro, por meio do Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias, alertam para medidas de prevenção, caso o frio se prolongue.

“É importante adotar as medidas preventivas, a fim de proteger os animais que permanecem expostos e evitar novas mortes”, disse Ricardo Amaral de Lemos, professor da Famez/UFMS.

As orientações passam por manter os bovinos em áreas de abrigos artificiais, naturais ou que estejam cercados por barreiras, com o intuito de reduzir as correntes de vento, como reservas arbóreas; possibilitar acesso à pastagem de qualidade, mesmo durante a seca; aplicar suplementação alimentar, com orientação de um veterinário; e monitorar o estado de saúde do rebanho, incluindo a aferição da temperatura corporal dos bovinos.

Os especialistas recomendam ainda, em caso de temperaturas baixas, os bovinos devem ser agrupados em um local com lonas no solo. Fogueiras e feno são alternativas paliativas, no entanto que podem ajudar a aumentar a temperatura corporal dos animais.

A Iagro ainda não calculou as perdas financeiras com base no número de casos recentes. Porém, de acordo com a reportagem, até segunda-feira, 19/6, a agência registrava um prejuízo estimado em R$ 5 milhões entre produtores do Mato Grosso do Sul.