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Produtores de milho temem quebra de safra por causa da falta de chuva

Produtores de milho temem quebra de safra por causa da falta de chuvaColheita de milho já começou em alguns municípios de Mato Grosso. Foto: Secom-MT

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A colheita de milho segunda safra em Mato Grosso avançou 3,61 pontos na semana e alcançou 5,98% da área plantada no Estado, segundo boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Os trabalhos estão adiantados em comparação com igual período do ano passado, quando apenas 0,38% da área havia sido colhida, e ante a média dos últimos cinco anos, de 0,58%.

Entre as regiões do Estado, a colheita está mais avançada no sudeste, onde foi realizada em 6,96% das lavouras, e no centro-sul, com 6,78%.

No médio-norte, chega a 6,64% das lavouras. A retirada do cereal do campo já teve início em todas as regiões de Mato Grosso.

Impacto da falta de chuva

O Imea estima que a produção do milho segunda safra para este ano supere 39 milhões de toneladas, 20% a mais do que na safra passada. Os produtores mato-grossenses, no entanto, não têm tanta certeza. Eles temem uma produtividade mais baixa por causa da falta de chuva.

“No início, o milho estava bem propício e choveu bem. Porém, infelizmente nos últimos 30 a 20% da área estamos preocupados, porque a chuva parou antes e com certeza vai ter uma quebra de produtividade”, disse ao G1 MT o produtor rural Daniel Braga Caneppelle, produtor de Nova Mutum, que colheu 15% dos 2 mil hectares de milho que plantou.

O mesmo ocorre em Lucas do Rio Verde, um dos maiores produtores de milho do Estado. Lá os agricultores estão prevendo perdas de até 15% em relação a safra anterior

“Foi pouca regularidade de chuva no período e algumas regiões aqui no norte de Mato Grosso, certamente vai provocar uma possível quebra de safra. A gente acredita que a quebra na safra deva chegar a 15%”, disse o diretor executivo da Fundação Rio Verde de pesquisas, Rodrigo Pasquali, ao site Só Notícias.

De acordo com ele, em algumas áreas, o plantio não se desenvolveu como deveria e sequer formou a espiga, por causa da falta de chuva.

“Nessas áreas não é viável o produtor colocar as máquinas no campo. Nós acreditamos que isso vai ter reflexos significativos. A diminuição na oferta do produto vai impactar no mercado”, afirmou.

Fonte: Estadão Conteúdo, G1-MT e Só Notícias